A Polícia Civil realiza buscas na manhã desta sexta-feira, dia 3 de maio, procurando pelo médico Luiz Antônio Bruniera, foragido da Justiça há quase um ano, condenado por tentativa de homicídio contra um paciente em sua clínica, em Garça. A grande operação policial contou com investigadores da cidade, além do apoio de policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, comandada pelo delegado Valdir Tramontini. Segundo as primeiras informações apuradas pelo Garcaweb.com, as buscas foram realizadas em sua residência, na Rua Vital Soares, além de sua clínica, na Rua Carlos Gomes, ambos em Vila Williams, área nobre da cidade. Ainda não existe informação se o médico foi encontrado e preso pelos policiais civis durante a operação realizada em Garça. O portal de notícias Garcaweb.com segue acompanhando os passos da Polícia Civil e pode trazer novidades a qualquer momento sobre a operação que busca a prisão do médico, que terá de cumprir cinco anos e três meses de prisão em regime fechado por tentativa de homicídio.
De acordo com a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público (MP), o crime atribuído a Bruniera teria ocorrido em uma clínica de repouso de sua propriedade, em Garça. A vítima era diabética e estava internada pela segunda vez no local para tratamento de alcoolismo. O paciente teria sido convencido pelo médico a ceder a ele parte de sua herança. Com a morte do pai, o paciente teria herdado apartamento, lojas, prédios, terrenos e parte de um parque de diversões. A vítima declarou que, após receber medicação, foi visitada por grupo de advogados e assinou documento autorizando a doação de 40% da herança à clínica de repouso. A vítima contou que estava confusa e não leu os papéis antes de assinar. Ainda conforme a denúncia, após a “doação”, a unidade teria deixado de aplicar nele insulina. Além disso, a clínica teria passado a oferecer ao homem guloseimas, bolos e chocolates. Ele foi retirado do local em abril de 2000 e morreu em 2007, vítima de infarto. O médico Luiz Antônio Bruniera foi condenado em agosto do ano passado pelo Tribunal do Júri a oito anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por tentar matar paciente internado em sua clínica para ficar com a herança dele. A defesa do médico entrou com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), sendo que a 6ª Câmara de Direito Criminal rejeitou a preliminar, negando provimento ao recurso. Na decisão, foi corrigido um erro material, reduzindo a pena para cinco anos e três meses de prisão em regime fechado.
Fonte: Garça Web