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Foto do escritorGarça Notícia

Governo quer privatizar Correios

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) entrou na lista de privatização do governo Bolsonaro. O próprio presidente da República já autorizou a operação. 

A avaliação no governo é que o modelo de negócio da empresa está ultrapassado, mas há alto valor estratégico – precisa ser renovada para os novos tempos, especialmente com o crescimento o e-commerce. 

Em entrevista na estreia do programa Central da GloboNews, na noite de quarta-feira (17), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro havia incluído uma nova empresa no programa de privatização. 

"Tem empresas que vão ser privatizadas que vocês nem suspeitam ainda", afirmou, acrescentando em seguida que o presidente já havia concordado com a medida. 

Instado a revelar o nome da estatal, Paulo Guedes preferiu não dizer, argumentando que ainda falta definir exatamente como será feita a venda. 

O blog apurou com assessores presidenciais que os Correios são a empresa citada pelo ministro da Economia. 

Durante a campanha presidencial, o então candidato Jair Bolsonaro chegou a aventar a possibilidade de vender os Correios. 

Depois de assumir, não quis garantir a inclusão da estatal na lista das empresas a serem privatizadas. Agora, segundo apurou o blog, mudou de posição. 

Na avaliação da equipe presidencial, o setor em que atua a Empresa Brasileira de Correios está em processo de total transformação e, para a companhia sobreviver, precisa ser mais competitiva e ter menos amarras. 

Isso, na avaliação de técnicos, poderá ser feito apenas privatizando os Correios. 

Nos últimos anos, a empresa foi envolvida em casos de corrupção, a começar pela primeira denúncia no que ficou chamado de escândalo do mensalão. A empresa entrou na partilha de cargos entre partidos, levando, também, o seu fundo de pensão Postalis a ser alvo de investigações por denúncia de má aplicação de recursos das contribuições dos empregados. 

Há cerca de cinco anos, funcionários aposentados pelos Correios passaram a ter desconto de até 25% em seus benefícios como forma de tapar o rompo do fundo de pensão. 

Inicialmente, o ministro Marcos Pontes, das Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação, a quem a empresa está subordinada, resistia à ideia, mas, agora, segundo fontes do governo, já está sensível ao projeto de privatizar a ECT. 

Segundo fontes do governo, há hoje a compreensão de que a privatização será uma boa medida para a União, para o mercado e sobretudo para o usuário. 

A venda da ECT e de outras quase cem empresas públicas é defendida com entusiasmo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. 

A convicção de que o caminho para a empresa é a privatização é recente e, por isso, ainda não há o desenho de como deve ser preparada para ser vendida, tampouco foi feita avaliação de seu valor de mercado. 

"O que se sabe é que só de falar em vender a empresa surgem muitos interessados", disse uma fonte do governo. 

Fonte: G1

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